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Cidade Atlântida: uma cidade planejada. Projeto da Def Projetos

A cidade de Goiana, em Pernambuco, vem sofrendo um ‘boom’ imobiliário alimentado pelos investimentos de grande porte, como as fábricas da Fiat, Companhia Brasileira de Vidros Planos, Ambev e Hemobrás, que estão sendo implantadas na região. Este fato estimula diretamente o surgimento de novos pólos urbanos, adjacentes à essas novas áreas industriais.

O empreendimento denominado Cidade Atlântica ocupa uma área de 400 hectares, praticamente do tamanho do Bairro de Boa Viagem, no Recife, e vai gerar 18.000 novas unidades habitacionais, podendo abrigar até 60.000 habitantes.

O negócio, que prevê um investimento de R$ 3 bilhões e fica ao lado da fábrica da Fiat, foi apresentado à imprensa pernambucana nesta segunda-feira (21/5). Algumas publicações podem ser vistas abaixo:

O empreendimento não foi pensado a partir de uma demanda já existente, mas sim a partir de uma demanda que será criada junto à instalação da fábrica da Fiat. O planejamento para esta área é de suma importância para evitar um crescimento desordenado.

O objetivo da De Fournier, em parceria com a Urban System, foi criar uma cidade sustentável, seguindo as premissas do que uma ‘boa cidade’ deve ter. Além disso, a interação entre os organismos, as estruturas construídas e o ambiente natural onde as pessoas estão inseridas (características de uma ecologia urbana funcional) fundamenta o projeto, tornando a área, de fato, um ecossistema sustentável

Alguns estudos conceituais foram produzidos de modo a orientar a implantação sugerida para a área.

A partir de análises do terreno, como altimetria e declividade, gerou-se uma primeira segmentação da área em função de suas características geomorfológicas.

A existência de uma mata local no entorno do terreno também foi um ponto determinante no direcionamento conceitual do projeto, já que ele propõe conexões entre essas áreas verdes, a fim de garantir os processos ecológicos naturais.

A demanda social e econômica que será gerada pela instalação da fábrica da Fiat na área adjacente ao terreno, induziu a De Fournier a propor a instalação de unidades habitacionais, centros de comércio locais e regionais, além de uma área de logística de apoio à fábrica.

O entrelace desses três estudos foi o ponto de partida da concepção do projeto, que propõe, em função de todas as demandas, diferentes núcleos de vizinhança promovendo a cidade características de multiplicidade. A maior densidade populacional se concentraria próxima aos núcleos, onde estaria as áreas de comércio e de convivência, e a densidade se tornaria menor próximo à borda, onde a cidade encontra as áreas naturais do entorno.

A setorização gerada a partir desses estudos conceituais, que pode ser vista abaixo, mostra como foi possível atender a todas as demandas, preservando a qualidade do espaço.

Foram produzidas algumas análises gráficas a partir da implantação proposta, além de um breve descritivo sobre cada conceito aplicado: corredores verdes, mobilidade e espaços de encontro.

Corredores verdes:

São espaços livres lineares de vegetação natural, traçados em função fluxos bióticos (fauna e flora) e abióticos (águas, ar e terra) e das formas naturais do terreno. São geralmente associados às atividades de lazer, conservação ou proteção da diversidade biológica e ao equilíbrio ecológico. Eles procuram ligar entre si os grandes e pequenos espaços e sítios naturais 
protegidos, as superfícies de águas interiores, os sítios históricos e outros elementos pontuais do patrimônio cultural. Uma rede de corredores verdes poderá proporcionar ligações úteis e atraentes entre áreas urbanas, facilitando a predominância de ligações saudáveis entre espaços naturais e entre estes e as cidades. Estão previstos 20m² de área verde por habitante, ou seja, 8m² acima da recomendação da ONU.

Mobilidade:

Mobilidade é a condição em que se realizam os deslocamentos de pessoas e cargas no espaço, configurada por um conjunto de modos, serviços e infraestruturas de transporte que garantem esses deslocamentos. Os modos de transporte podem ser motorizados e não motorizados e as infraestruturas: vias (rodovias, metroferrovias, hidrovias e ciclovias), 
estacionamentos, terminais, estações, equipamentos de sinalização entre outros.

Espaços de Encontro:

A lógica de funcionamento dos espaços de uso comum do projeto pode ser entendida como áreas mais comerciais junto à rodovia e mais bucólicas e de contato com a natureza quando esta se encontra nas áreas de borda.

Abaixo, o Master Plan final, dividido em 4 setores, que guiarão a execução da Cidade Atlântica e uma vista geral do Bairro 1 e do Centro Urbano Regional.

Bairro 1

Centro Urbano Regional

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